A revitalização do mercado do Ver-o-Peso continua sendo tema de debates e, pensando em esclarecer o tema para todos os segmentos da sociedade paraense, o prefeito Zenaldo Coutinho apresentou, na noite de quinta-feira, 25, o projeto de reforma à Associação Comercial do Pará (ACP). Algumas instituições comerciais e feirantes também participaram do encontro.
“Agradeço à ACP pela oportunidade de trazer um tema tão relevante que é a proposta para a obra do nosso mercado do Ver-o-Peso. Um projeto que surge a partir da definição do PAC das Cidades Históricas, já que precisamos de recursos federais, e que foi realizado junto com arquitetos, engenheiros, secretários, ou seja, muitas pessoas estão envolvidas neste passo tão importante”, pontuou o prefeito Zenaldo Coutinho.
Responsável pela execução do projeto, o engenheiro da empresa paraense “DPJ”, José Freire, que já esteve presente em diversas obras importantes no Pará, foi quem explicou todos os detalhes do projeto que prevê a intervenção em uma área de mais de 10 mil metros quadrados, com investimentos de R$ 34 milhões. Todos os equipamentos da feira serão readaptados de acordo com cada atividade e receberão estruturas de alvenaria, balcão de granito, abastecimento de água e adequação aos padrões definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
“O Ver-o-Peso já passou por várias reformas e acredito que esta vai ser a de maior importância e grandiosidade. O projeto contempla três áreas, com várias etapas, pensando no melhor para os feirantes e visitantes. O piso será totalmente recuperado, instalação elétrica nova, cada permissionário terá o medidor de água e energia, as barracas terão o nome do proprietário, mapas vão ficar espalhados para orientar os visitantes, além de banheiros feminino, masculino e para cadeirantes, dentre várias outras melhorias”, destacou o engenheiro.
De acordo com o prefeito Zenaldo Coutinho, a população e os feirantes podem ficar tranquilos, pois o tradicional ponto turístico da capital não terá seu visual – marca registrada – modificado, porém ganhará em conforto, recursos tecnológicos e evoluções importantes, dentro das normas de vigilância sanitária. “O Ver-o-Peso é nosso patrimônio e nos deixa triste ver como está cheio de problemas de vários tipos, problemas decorrentes da desestrutura. Estamos há mais de um ano nesse acompanhamento, mas a obra só pode acontecer com licença do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), estamos sempre interagindo com eles e com a bancada federal. Tenho expectativa forte de que em curto prazo será liberada a construção desta obra”, afirmou o prefeito.
As modificações estruturais que serão feitas na feira incluem a cobertura, o piso, o formato das barracas, banheiros, instalações elétricas, hidrossanitárias e de prevenção e combate a incêndio. A nova cobertura tem a concepção mais moderna, utilizada atualmente em grandes construções, por permitir o aproveitamento da luz natural e a circulação do vento, com uma estrutura tubular metálica leve e de fácil remoção, além de telhas termoacústicas, que isolam o calor e ruídos. E ainda é sustentável, por permitir o reaproveitamento da água da chuva.
A permissionária da feira do açaí, Rose Modesto, fez questão de participar da apresentação para entender o que aconteceria com a feira, já que circularam rumores na cidade de que a mesma seria transformada em um estacionamento, fato desmentido pelo prefeito de Belém. “Agora fico aliviada em saber que nosso espaço vai continuar e faz parte dessa revitalização, nos proporcionando mais condições de trabalho. A reforma está totalmente aprovada por mim e pelos feirantes, vai melhorar muito para todos, estou muito feliz e na expectativa”, declarou a permissionária.
“Agradecemos ao prefeito por atender o nosso convite para apresentar esse projeto de grande importância para todo povo paraense e para os turistas. Um projeto do cartão postal de Belém. Um trabalho em prol de todos, principalmente dos que vivem lá todos os dias trabalhando. A ACP vive a história de Belém e jamais poderia estar fora desse contexto”, comentou o presidente da ACP, Fábio Lúcio Costa.
Texto: Priscylla Gester
Foto: Alessandra Serrão – NID/Comus
Coordenadoria de Comunicação Social (COMUS)